Fonte: O Globo
Os três maiores provedores de serviços para campos de petróleo do mundo estão interrompendo trabalhos futuros na Rússia em resposta à invasão da Ucrânia. As decisões de deixar o país foram anunciadas sepadarademente em um intervalo de 24 horas.
A Baker Hughes disse, no sábado, que está suspendendo novos investimentos nas operações da Rússia, mas continuando com o trabalho existente lá, de acordo com um comunicado.
O anúncio seguiu uma declaração semelhante da Schlumberger, na sexta-feira, quando a maior empreiteira de campos petrolíferos do mundo cortou imediatamente qualquer novo investimento em uma das maiores nações produtoras de petróleo, deixando o trabalho existente também intacto.
“A crise na Ucrânia é de grande preocupação e apoiamos fortemente uma solução diplomática. Condenamos a violência e nossos corações estão com as pessoas e famílias dos afetados”, disse o CEO da Baker Hughes, Lorenzo Simonelli, em comunicado.
A Halliburton, maior fornecedora mundial de serviços de fracking, método que possibilita a extração do petróleo, é a única empreiteira de campos petrolíferos a interromper o trabalho atual e futuro na Rússia, um país cujo setor de petróleo depende de tecnologia, equipamentos e conhecimentos estrangeiros para sustentar a produção doméstica.
A empresa seguiu alguns dos maiores exploradores de petróleo, incluindo BP e Shell, ao anunciar planos para abandonar a Rússia.
A Baker Hughes, que tem 5% nas suas vendas totais da Rússia, recebeu a aprovação de seu conselho de administração no início da semana, de acordo com uma fonte. Um representante da Baker Hughes não quis comentar.
Outro provedor de serviços de campos petrolíferos, a Weatherford International, com sede em Houston, afirmou, neste domingo, que suspendeu todos os novos investimentos e implantações de tecnologia na Rússia e suspendeu os embarques. A Weatherford não tem joint ventures ou parceiros na Rússia, disse o CEO Girish Saligram em comunicado.
Os gastos com exploração de combustíveis fósseis na região, que inclui a Rússia e outros países da antiga União Soviética, já devem crescer em um ritmo mais lento do que o resto do mundo, disse a Evercore ISI em dezembro.
A Schlumberger anunciou no início deste mês que sofrerá um impacto nos lucros dos efeitos combinados do ataque da Rússia à Ucrânia e de uma cadeia de suprimentos global cada vez mais complicada. A Baker Hughes tem a segunda maior exposição à Rússia, depois da Schlumberger, dizem analistas.
A Halliburton gera cerca de 2% de suas vendas na Rússia, de acordo com o JPMorgan.
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